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LIVE: Drake Maye Introductory Press Conference Fri Apr 26 | 12:55 PM - 01:30 PM

O gritante contraste entre as equipas na abordagem ao Super Bowl

Os Falcons, que nunca ganharam o Super Bowl, só falam em confiança e como vão vencer este jogo. Os Patriots, no seu sétimo Super Bowl em 15 anos, salientam preparação e respeito pelo adversário. O contraste não poderia ser mais gritante.

Jornalistas por todos os lados, câmaras e mais câmaras, jogadores e treinadores a serem entrevistados diariamente são um dos aspetos mais curiosos da semana que antecede a realização do Super Bowl. Por isso, ao fim do dia, o mais interessante é tentar analisar o que foi dito e determinar como é que as duas equipas estão a abordar o jogo. E aí nota-se nitidamente a diferença no comportamento destes dois conjuntos.

Um dos temas mais focados é o valor do ataque dos Falcons. Para muitos, a defesa dos Patriots não vai conseguir evitar que Julio Jones e companhia consigam pontuar, e os elementos do ataque dos Falcons concordam plenamente.

Na quarta-feira, durante a sessão com os jornalistas, quando lhe perguntaram se seria possível parar o ataque da sua equipa, o running back Devanta Freeman respondeu: "não, penso que não. Não quando estamos a jogar com a confiança que temos agora. Nós somos invencíveis."    

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E quando perguntaram se acreditava que alguém lhe poderia fazer marcação homem-a-homem, Julio Jones respondeu: "homem-a-homem? Não, não acredito."

E na realidade Green Bay não conseguiu encontrar soluções na marcação a Jones, que teve nove receções, totalizando 180 jardas e dois touchdowns.

Mohamed Sanu, um dos outros receivers de Atlanta, embarcou na mesma lógica, ao dizer que "não recomendaria" este tipo de marcação porque as equipas que o tentaram fracassaram por completo.

O problema nesta lógica é que os Patriots estudaram minuciosamente o ataque de Atlanta e decerto não vão repetir os erros cometidos pelos outros. Na temporada em curso, o principal receiver dos adversários dos Patriots conseguiu apenas uma média de 5,6 receções por jogo, totalizando 68,6 jardas.

Ao todo, a defesa dos Patriots só permitiu que um* receiver *adversário ultrapassasse a fasquia das 100 jardas num jogo em quatro ocasiões: Jarvis Landry (135), DeVante Parker (106) na segunda jornada, Antonio Brown (106) na sétima jornada e Quincy Enunwa (106) na décima segunda.

Outro problema é que do outro lado está a defesa. E aqui também há um grande contraste: os Patriots têm a defesa menos batida na NFL, que consentiu apenas 15,6 pontos por jogo, mas a defesa de Atlanta permitiu 25,4 pontos por jogo.

Ponto de interesse: a única temporada em que a defesa dos Patriots tinha liderado a NFL em pontos sofridos fora em 2003. Nessa temporada os Patriots venceram o Super Bowl, num jogo, também, disputado em Houston.

Curiosamente, no ataque as estatísticas finais mostram desnivelamento menos acentuado, 33,8 pontos por jogo para Atlanta, 27,6 para os Patriots. Mas, convém não esquecer que Tom Brady falhou os primeiros quatros jogos, e desde a sua chegada a pontuação subiu para 30 pontos por jogo.   

Quando lhe apontaram esse facto, Freeman hesitou um pouco, mas manteve a confiança.

"Eu penso que eles fazem tudo muito bem," disse Freeman. "Mas, eu digo sempre, tudo depende de nós. Temos que ir para o campo e fazer o que fazemos. Cuidar da bola. Eles não vão cometer erros e não vamos cometer erros, porque nós vamos estar preparados para este jogo. É um grande momento para nós."

O RESPEITO QUE OS PATRIOTS MOSTRAM

Os Patriots abordam o jogo de forma totalmente diferente. Acima de tudo mostram sempre grande respeito pelo adversário.

"Eles têm muita velocidade em todas as posições," disse o defensive end Chris Long. "São um grupo singular, realmente não têm um ponto fraco. Eles têm dois excelentes receivers. Provavelmente o melhor receiver [Julio Jones] na liga. Muitos jogadores rápidos que desempenham papéis [importantes] e depois running backs que são bons no jogo aéreo graças a uma linha ofensiva que tem sido um dos grupos com mais continuidade em toda a liga. E obviamente, o [quarterback] Matt [Ryan]."

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"Eles completam jogadas em todas as posições," acrescentou o safety Duron Harmon. "Este grupo é um grupo dinâmico, de cima a baixo. Vamos precisar que todos os nossos 11 jogadores estejam prontos para jogar, totalmente concentrados em cada jogada, fazendo o nosso trabalho e jogando arduamente em todas as jogadas. Vai ser preciso [fazer isso] em todas as jogadas. Temos que estar focados em todas as jogadas, uma jogada de cada vez, e jogar o melhor que podemos jogar para os tentar parar."

"Eles são fortes, estão com uma média de 40 pontos por jogo nos play-offs e são a equipa que mais pontos marcou na liga durante 16 jogos, só isso já diz muito," concluiu o treinador Bill Belichick. "São consistentes. Movimentam a bola e conseguem muitos pontos todas as semanas. Obviamente, é nosso maior desafio do ano, a melhor equipa ofensiva que já defrontámos. Nós vamos ter as mãos cheias, sabemos disso."

O ATAQUE DOS PATRIOTS TEM UMA PALAVRA A DIZER

Curioso também foi o facto de muitos dos analistas concentrarem as suas atenções no ataque dos Falcons e quase ignorarem o mesmo grupo dos Patriots.

E também aí se nota uma diferença nas atitudes dos dois lados. A defesa dos Falcons, apesar de ser a vigésima quinta na NFL, e ter quatro rookies que são titulares, considera que está devidamente preparada para anular as armas dos Patriots.

"Eu vi o meu amadurecimento no último jogo [da temporada regular] contra os Saints," disse o* linebacker* De'Vondre Campbell, um dos rookies. "Eu senti-me muito confortável no campo e isso transitou para os play-offs."

"Defrontar um jogador como Aaron Rodgers [quarterback de Green Bay] dá-nos imensa confiança para seguir em frente," acrescentou Grady Jarrett. "Demonstra simplesmente como melhorámos durante a temporada."

E o treinador Dan Quinn concluiu com uma observação onde salienta o valor desta unidade.

"Uma das coisas que eu vejo agora, na nossa equipa, é um grupo de jovens que está a jogar [com maturidade] como se fossem mais velhos, e os mais velhos a jogar [com entusiasmo] como os mais jovens," disse Quinn. "É bom ver veteranos como [os defensive ends] o Dwight Freeney e o Tyson Jackson, e depois ver os nossos jovens atingir a maturidade, por assim dizer, no sistema. Tem sido ótimo para nós."

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A exibição de Julio Jones frente a Green Bay --nove receções, 180 jardas, dois touchdowns --mereceu grande destaque. Mas a exibição de Chris Hogan frente aos Steelers --nove receções, 180 jardas, dois touchdowns --, exatamente os mesmos números, não recebeu a mesma distinção.

E como é que os Patriots reagiram a esta dualidade de critérios?

"OChris (Hogan) tem trabalhado ao máximo," disse Julian Edelman. "Ele chegou aqui e tem sido um bom líder, um tipo fantástico para ter no balneário. Ele trabalha arduamente. É mais talentoso do que as pessoas reconhecem. É muito rápido. Sempre que se faz o trabalho que ele tem feito, os resultados ficam à vista, e é isso que estamos a ver."

E o duo Julian Edelman-Chris Hogan, que tantos estragos fez durante a temporada e também nos play-offs, está nitidamente a ser desvalorizado.

Julian Edelman liderou os Patriots durante a temporada com 98 receções, 1.106 jardas e três touchdowns. Nos dois jogos dos play-offs acrescentou 16 receções, 255 jardas e um* touchdown*.

Nos últimos quatro anos, Julian Edelman registou 75 receções nos play-offs, aumentando assim o seu total para 84, o que o coloca em sétimo lugar na lista dos melhores de sempre na NFL. Mas, com uma boa exibição no domingo poderá subir ao segundo lugar, pois à sua frente estão apenas Andre Reed (85), Michael Irvin (87), Hines Ward (88), Wes Welker (88) e Reggie Wayne (93). Portanto, se atingir a média desta temporada (8) chegará às 92, o que o deixaria apenas a uma receção de Wayne.

O topo da lista é outra conversa, pois Jerry Rice conseguiu 151 receções durante os play-offs, pelo que serão necessários mais alguns anos para Edelman lá chegar.  

"Eu penso que as pessoas que percebem de football sabem que ele [Julian Edelman] é um dos melhores," disse Chris Long. "A forma como ele trabalha, a maneira como se dedica todos os dias, o papel que ele tem desempenhado aqui, que é muito bom para aquilo que fazemos, e ele é excelente a evitar tackles. Um jogador fortíssimo. Penso que ele tem, obviamente, o respeito de todos no nosso balneário. Penso que os jogadores de football que realmente conhecem o jogo sabem que ele é um dos melhores."

Para Edelman o que se diz por fora não o afeta.

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"Não, não estou preocupado com o que as pessoas estão a dizer," indicou Julian Edelman. "Estou preocupado é com o que estão a fazer. Eu tenho dito isso semana após semana. Nós ignoramos o ruído, e tentamos apenas estar concentrados na preparação, nos nossos treinos, e em ir para dentro do campo e jogar os nossos melhores jogos aos domingos."

Por sua vez, Chris Hogan registou 13 receções, 275 jardas e dois *touchdowns *nestes play-offs.

"Nós definitivamente temos uma grande ligação," disse Julian Edelman quando se referiu à forma como se relaciona com Chris Hogan dentro do campo. "Temos um grupo de jogadores que gostam de trabalhar, que se dedicam para melhorar a sua arte, não apenas nas receções, mas também a competir no jogo corrido. Juntar esse tipo de jogadores é o que nós queremos na nossa sala [de reuniões]. Todos os jogadores naquela sala jogam para a equipa; mentalmente fortes, fisicamente fortes e eu não quereria que fosse de outra maneira."

"Eles conseguem fazer grandes jogadas em momentos importantes todas as semanas," acrescentou Duron Harmon. "O Chris Hogan e o Julian Edelman têm jogado de forma incrível nesta fase final e eles vão continuar a fazer o trabalho em cada semana, cada treino. Eles estudam, preparam-se. Eu adoro os meus* receivers* e adoro competir contra eles [nos treinos]. Eles fazem-me melhorar todos os dias."

E há ainda Danny Amendola, que normalmente aparece sempre nos grandes jogos, e o jovem Malcolm Mitchell, que por vezes é esquecido pelas defesas adversárias e costuma tirar proveito dessas oportunidades.  

Os dados estão lançados, no domingo logo se vê quem realmente se preparou melhor para este grande confronto. Entre esses dados há que ter atenção a alguns deles, como o facto de Atlanta ter conseguido fazer um touchdown no primeiro drive *dos últimos oito jogos, algo que contrasta com o rendimento dos Patriots, que não conseguiram nenhum *touchdown nos primeiros períodos dos seus seis Super Bowls anteriores. Mas, durante esta temporada, os Patriots marcaram 130 pontos durante o primeiro período, contra 139 dos Falcons, o melhor total da liga.

E, claro, das seis vezes em que o ataque mais realizador defrontou a defesa menos batida, a equipa com melhor defesa só perdeu uma vez. Será que a história se vai repetir?

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