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Replay: Patriots Unfiltered Tue Oct 15 - 02:00 PM | Wed Oct 16 - 11:55 AM

Treinadores analisaram algumas situações do jogo contra os Jets

Terça-feira é dia de conferência de imprensa para os três treinadores do New England Patriots, o treinador principal e os dois coordenadores. As dificuldades sentidas frente aos Jets, a divulgação de algumas novidades apresentadas nesse jogo e a avaliação do coletivo foram alguns dos temas.

As grandes equipas encontram sempre maneira de ganhar jogos nos dias em que não atuam ao seu melhor nível. Reconhecidamente, foi isso que sucedeu no domingo, pois o New England Patriots, especialmente no ataque, esteve muito aquém do habitual, mas a equipa mostrou uma força mental que a ajudou a superar alguns erros próprios, quer a nível de jogadores, quer em termos de planos de jogo. Por isso, no chamado 'momento da verdade', na ponta final da partida, o ataque marchou 83 jardas para conseguir finalmente colocar-se em vantagem no marcador, e logo a seguir a defesa deu um passo em frente e preservou a vitória.

A resistência física/mental e a capacidade de resposta em momentos críticos do jogo são aspetos de extrema importância para Bill Belichick. Foi por isso que expressou o seu contentamento com a exibição de domingo, quando na conferência de imprensa pós-jogo salientou que ficara impressionado com "a forma como a nossa equipa competiu, não começou bem, mas aguentámos, batalhámos até ao fim, e completámos as jogadas de que precisávamos na ponta final."

Tom Brady concordou com o seu treinador.

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"Fomos para o campo e lutámos até ao fim," disse Brady. "Certamente não foi a nossa melhor exibição. Falhámos muitas jogadas na parte inicial e depois entrámos numa briga. Estou feliz por termos encontrado maneira para ganhar na ponta final. Ainda não tínhamos tido um jogo assim este ano. Foi uma grande vitória para nós."

A sua experiência indica-lhes que este é o tipo de jogo, com adversidades inesperadas, como foi o caso da lesão de Rob Gronkowski e do falhanço de Stephen Gostkowski, entre outras, que vão encontrar nos play-offs. É preciso estar preparado para isso e não há nada melhor do que um jogo destes para mostrar a Bill Belichick como é que os seus jogadores vão responder, num ambiente hostil, em fases do jogo em que todas as jogadas são importantes e qualquer falhanço pode contribuir de forma importante para uma possível derrota.

Os jogadores, por sua vez, precisam de sentir na pele o que é preciso fazer quando estão encostados à parede, como foi o caso no domingo à noite, e tanto o ataque como a defesa são obrigados a completar todas as jogadas. É que nessa fase do jogo muitas vezes não há margem para erro e é necessário que todos desempenhem adequadamente o seu papel.

"Penso que nos últimos sete minutos do jogo fizemos muitas coisas boas, jogámos o nosso melhor football quando era mais preciso, isso é sempre importante," disse Belichick no domingo à noite.

Por isso, na terça-feira perguntaram-lhe se a experiência ganha no domingo à noite poderá ser valiosa no futuro.

"Quando temos a oportunidade de o fazer, tentamos executar o que temos treinado," explicou Belichick. "Quando vai tornar a acontecer, ou se vai acontecer novamente, não sei, mas quando isso acontecer será importante [a experiência]. Provavelmente não será o mesmo. Quero dizer, de certeza não será a mesma coisa, porque vai ser uma equipa diferente, pode ser uma jogada diferente. Mas, uma vez mais, alguns dos aspetos fundamentais da situação serão relevantes, embora o jogo em si seja diferente."

ALGUMAS DAS JOGADAS QUE O IMPRESSIONARAM

Durante a fase de perguntas e respostas, Bill Belichick falou de algumas das jogadas de maior impacto do jogo contra os Jets.

 
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A primeira envolveu Malcolm Butler, que provocou um fumble numa altura em que os Jets estavam a ganhar por 10-3, e Robby Anderson tinha feito uma receção de 25 jardas que deixaria a bola na linha de meio campo.

"Nós treinamos a criação de turnovers todos os dias," explicou Bill Belichick. "Trabalhamos em tentar retirar a bola aos runners ou aos receivers, e de diferentes ângulos, por isso os jogadores treinam as bases fundamentais. Todas as jogadas são diferentes. Cada situação é diferente; qual a mão com que o corredor segura a bola, onde estamos colocados e assim sucessivamente."

"Foi uma jogada de grande consciência por parte do Malcolm [Butler] por ter conseguido colocar lá a sua mão e literalmente ter socado a bola quando ela estava um pouco fora do corpo do [Robby] Anderson. Foi uma jogada muito instintiva com uma reação muito rápida do Malcolm [Butler] para tirar proveito duma oportunidade."

"Fazes coisas dessas e vai-te sempre custar caro," salientou Todd Bowles, treinador dos Jets. "Sempre que consegues um turnover, é crítico. Eles conseguiram-nos e nós não."

O PASSE DUPLO

Os Patriots estavam a perder por 10-0 e o ataque tinha sido totalmente inoperante, pois não conseguira pontuar nas três primeiras séries. Finalmente na quarta série conseguiu entrar no território dos Jets, quando o coordenador ofensivo Josh McDaniels decidiu introduzir uma jogada que ainda não fora utilizada esta época. Tom Bradyfez um passe lateral para Chris Hogan e este lançou na direcção de Malcolm Mitchell, mas o cornerback dos Jets, que tinha sido ultrapassado em corrida, foi obrigado a fazer falta para impedir a receção. A penalidade resultou num avanço de 31 jardas.  

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"Nós estamos sempre à procura de jogadas que complementem outras jogadas," explicou Bill Belichick. "Por isso se tu fizeres algo nesta liga, não podes continuar sempre a fazer a mesma coisa. As outras equipas são demasiado boas, e são muito bem treinadas."

Por conseguinte todas as jogadas têm mais do que uma opção.

"Há sempre uma jogada complementar, que ou é uma corrida diferente na mesma formação, ou um passe diferente na mesma formação, ou jogadas que parecem iguais, mas que estão verdadeiramente a tentar atacar partes diferentes da defesa. Acho que é uma parte muito importante do sistema atacante ou do sistema defensivo, ou mesmo das equipas especiais, ter jogadas complementares."

Curiosamente esta jogada surgiu devido à mudança no plano de jogo que foi implementada depois da saída, por lesão, de Rob Gronkowski. A certa altura, os Patriots começaram a colocar um wide receiver junto aos running backs, atrás de Tom Bradye foi nesse esquema que surgiu a jogada em que Chris Hogan lançou o passe para Malcolm Mitchell.

Segundo explicou Josh McDaniels, o coordenador ofensivo dos Patriots, todas as semanas a sua equipa técnica tenta encontrar jogadas que "se encaixem nos nossos jogadores e naquilo que vamos tentar fazer cada semana contra os adversários que vamos defrontar."

A ideia é criar algo que "não seja excessivamente previsível e que faça sentido contra a equipa que vamos defrontar. Tu tens que conseguir prever como é que eles podem reagir a isso e o tipo de defesa que vão colocar em jogo. E depois acreditar que tens coisas suficientes nesse pacote [de jogadas], para que não seja apenas um truque. Não queres fazer algo apenas uma vez e depois pôr de parte. Tu gostarias de poder utilizar mais vezes, especialmente se gastares muito tempo com isso nos treinos."

E Josh McDaniels concluiu explicando que "quando estamos no jogo e de repente vês algo na defesa e dizes 'Okey, agora vamos fazer isto naquela jogada, porque treinámos', segues em frente e tentas a tua sorte. Desde que os nossos jogadores tenham treinado e tenham confiança e saibam o que estão a fazer e consigam fazê-lo a grande velocidade e compreendam os ajustes que podem estar envolvidos, ficamos confiantes em fazer isso no domingo."

O *SACK *DE CHRIS LONG

Foi o lance que confirmou a vitória sobre os Jets.

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A menos de dois minutos do fim do jogo, com a turma da casa a tentar chegar ao touchdown que lhe desse a vitória, Chris Long conseguiu impor-se ao tackle esquerdo Ben Ijalana e atingiu o quarterback Ryan Fitzpatrick no momento em que este tentava lançar um passe para Brandon Marshall, que entretanto se desmarcara. A bola caiu no relvado e foi recuperada por Trey Flowers.

"Foi mais uma situação que treinamos todas as semanas e penso que foi um lance típico," explicou Bill Belichick. "É o jogador estar consciente e o discernimento do jogador e a capacidade de criar pressão sobre a bola.

"Quando ele [Fitzpatrick] ia lançar a bola, o Chris [Long] estendeu o seu braço direito e atingiu-o. Foi um bom trajeto, apertado, em direção ao quarterback. Como eu disse, nós estávamos num rush com três homens. Eles fizeram a dobra aos outros dois *rushers *por isso tinham dois no Trey [Flowers] e tinham dois no [Jabaal] Sheard e o Chris conseguiu passar por eles, com uma boa colocação."

Os planos de jogo para domingo, contra os Rams, estão a ser elaborados e, conforme Josh McDaniels mencionou, decerto vão incluir algumas variantes de jogadas que foram utilizadas na semana passada. Mas, vão estar disfarçadas, pois a deceção continua a ser uma das armas dos criativos técnicos dos Patriots.

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